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Banner Influência da Guerra do Contestado na antiga Vila de Curitibanos
Publicado em 15/04/2020 às 11:09 11Wed, 15 Apr 2020 11:09:07 +000007.Banner Influence of the Contested War for the old Village of Curitibanos
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Monge João Maria – importante figura da Guerra do Contestado
Publicado em 06/04/2020 às 15:47 03Mon, 06 Apr 2020 15:47:52 +000052.Chega em 1851 na região do contestado (antiga Vila de Curitibanos), o monge João Maria D’Agostin, curandeiro, eremita, alquimista, profeta, místico e profundo conhecedor das ciências ocultas. Tal figura enigmática realizou o caminho dos tropeiros até chegar ao sul do país, ficando conhecido como figura messiânica. O momento histórico que o país vivia, com a chegada dos imigrantes europeus em terras já ocupadas pela população nativa, fez com que este povo empobrecido se sentisse abandonado pelas autoridades. A presença do monge era vista como referência religiosa por essa populações relativamente isoladas.
Muitos autores sugerem que outro João Maria teria surgido entre 1886 e 1893, e que as figuras que são conhecidas até hoje do monge teriam sido feitas dele. A história tem muitas variantes, mas a linha principal é de que o profeta teria tido um sonho, de que deveria sair pelo mundo penitenciando-se e pregando. O início do Movimento do Contestado nesse mesmo período, numa luta contra o poder econômico e político, utilizou o nome do monge João Maria como símbolo do movimento. Se foi um padre, ou muitos conhecidos pelo mesmo nome que colaboraram para a visão da imortalidade e reencarnação do monge, o fato é de que sua figura atrai peregrinos até os dias de hoje.
Devido a pandemia de covid-19, em que se faz necessário o isolamento social, as incertezas e medos permeiam as mentes dos moradores da região do Contestado. No entanto, imagens do monge João Maria circulam pelas redes sociais, trazendo conforto para aqueles que creem no santo e oram para ele. A figura do “O monge que cura”, como em 1912, traz novamente conforto para a população que passa por dificuldades. O retrato compartilhado em um grupo do Facebook da cidade de Curitibanos recebeu mais de 500 curtidas e uma centena de comentários dos seus fiéis. Como exemplo, comentários como o de Rozana Lima*, que pede: “Protegei-nos São João Maria” são os mais comuns. A crença no monge permanece viva na memória dos moradores da região e se manifesta, principalmente, nos momentos de adversidade.
*Comentário de uma cidadã no post “João Maria o monge que cura” retirado da página Mercadão de Curitibanos no Facebook.
Figura do Monge João Maria compartilhada no grupo do Facebook.
Fonte: Post realizado no grupo privado Mercadão de Curitibanos no Facebook disponível em: <https://www.facebook.com/groups/638473372930818/for_sale_search/?forsalesearchtype=all&query=monge&referral_surface=direct_link&availability=available>.
O Monumento ao Monge João Maria, construído no período de 1983 a 1989 na cidade de Curitibanos/SC, recebe devotos e religiosos, que vem buscar a bênção do santo. A figura, que trouxe esperança e inspiração ao movimento dos camponeses, ainda é cultuado e mantém sua importância imortalizada no imaginário popular dos moradores do Vale do Contestado.
Monumento ao Monge João Maria, no bairro de Água Santo no município de Curitibanos/SC. Fotografia tirada por Daniel Granada, coordenador do projeto.
Imagem do Monge João Maria presente no monumento. Fotografia tirada por Daniel Granada, coordenador do projeto.
Referências
WELTER, Tania. O Profeta João Maria continua encantando no meio do Povo: Um estudo sobre os discursos contemporâneos a respeito de João Maria em Santa Catarina. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2007. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/imagens/dossies/contestado/trabalhos/WELTERTania.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2020.
MONUMENTO ao monge João Maria. Alma Cabocla Proposta de Desenvolvimento Turístico Cultural. Blogger. Curitibanos, 2014. Disponível em: <http://contestadoalmacabocla.blogspot.com/2014/10/monumento-ao-monge-joao-maria.html>. Acesso em: 06 abr. 2020.
Texto por Karen Wesseler Jung.
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Novo Vale dos Imigrantes gera críticas dos pesquisadores
Publicado em 01/04/2020 às 15:21 03Wed, 01 Apr 2020 15:21:17 +000017.A Guerra do Contestado (1912-1916), que colocou de lados opostos os camponeses e o Governo Federal da época, ocorreu no antigo vale do Contestado. A memória da guerra encontra-se preservada em museus, monumentos, sítios históricos e espaços de peregrinação religiosa em vários municípios do vale do Contestado. A região histórica construída pela presença dos imigrantes alemães, italianos e japoneses, além dos caboclos e negros que já habitam a região, é hoje um destino turístico muito procurado no Brasil.
No dia quatro de julho de 2019, foi proferida a decisão pela Instância do Governo Regional do Vale do Contestado que mudou o nome da região turística para Vale do Imigrante, que será composto por 25 municípios, entre eles as cidades de Itaiópolis, Mafra, Major Vieira e Porto União. O desmembramento do Vale do Contestado já foi reconhecido pelo Ministério do Turismo e faz parte da 13° região turística de Santa Catarina, sendo publicado do Mapa do Turismo Brasileiro 2019.
Tal decisão polêmica, tomada sem a consulta com os acadêmicos e historiadores da Instituição da Memória da região, não foi bem recebida pela maior parte da população e uma denúncia de ausência de debates sobre a substituição foi levada ao Ministério Público e Assembleia Legislativa. De acordo com o professor Nilson Cesar Fraga, que estuda a região e a Guerra do Contestado há 25 anos, a mudança é um “atentado contra a formação do povo catarinense”. A história e efeitos que a Guerra do Contestado teve sobre a região, e a presença dos negros e caboclos têm sua importância negada em favor da valorização da colonização europeia.
Tal decisão polêmica, tomada sem a consulta com os acadêmicos e historiadores da Instituição da Memória da região, não foi bem recebida pela maior parte da população. A história e efeitos que a Guerra do Contestado teve sobre a região, e a presença dos negros e caboclos têm sua importância negada em favor da valorização da colonização europeia. A Instância Governamental justificou sua decisão em ata como uma melhor forma de apresentação da região para o roteiro turístico.
A Instância Governamental justificou sua decisão em ata como uma melhor forma de apresentação da região para o roteiro turístico, tentando tornar o Vale do Imigrante um projeto turístico que lembra as cidades gaúchas de Gramado e Canela. Para o pesquisador Paulo Pinheiro Machado, professor de História da Universidade Federal de Santa Catarina, tentar imitar um modelo de sucesso, negando a identidade da região é um desrespeito pela nossa história e não há justificativa econômica que permita esse feito.
Já para a presidente da IGR Caminhos do Contestado, Viviane Bueno, o desmembramento vai ajudar a desenvolver a região, que é uma das mais empobrecidas de Santa Catarina. Justifica que cidades como Piratuba, com muito mais infraestrutura, estavam classificadas na mesma região que municípios que não tinham capacidade de atender visitantes.
Referências:
BASTOS, Ângela. Mudança do nome e perda de área do Vale do Contestado geram críticas de pesquisadores. NCS Total notícias, 2019. Disponível em: <https://www.nsctotal.com.br/noticias/mudanca-do-nome-e-perda-de-area-do-vale-do-contestado-geram-criticas-de-pesquisadores>. Acesso em: 23 de março de 2020.
MACHADO, Paulo Pinheiro. Em defesa da Memória, da Justiça e da Cidadania das populações do Contestado. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2019. Disponível em: <https://paulopinheiro.paginas.ufsc.br/2019/11/>. Acesso em: < 23 de março de 2020.Texto por Francine Soares de Almeida e Karen Wesseler Jung.
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Candidato selecionado na bolsa PROEX
Publicado em 06/02/2020 às 09:39 09Thu, 06 Feb 2020 09:39:14 +000014.Nome do candidato – Alexandre Lima de Oliveira.
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Candidatos selecionados para entrevista Bolsa Proex 2020
Publicado em 05/12/2019 às 19:26 07Thu, 05 Dec 2019 19:26:54 +000054.Candidatos selecionados
Candidatos selecionados para a entrevista:
9:00h Cris Prado
9:30h Alexandre Lima de Oliveira
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Kendo no Parque Sakura
Publicado em 30/10/2019 às 16:33 04Wed, 30 Oct 2019 16:33:15 +000015.O que é Kendo?
O Kendo é derivado da dedicação do Samurai japonês à arte japonesa do manejo da espada (Ken-jutsu). Treinar com uma espada que tem uma lâmina viva, como se pode imaginar, é muito perigoso, então várias escolas de manejo da espada no passado do Japão desenvolveram maneiras de diminuir o perigo. Uma arma introduzida como alternativa à Katana (a espada japonesa usada pelos samurais) foi o bokuto, uma espada de madeira usada em kumitachi ou seiho agora conhecida como kata (formas de conjunto). (Fonte: http://kodokankendo.org/what-is-kendo/)
No planalto catarinense existe uma Academia de Prática de Kendo: Kendo BunBuKan, mantida por descendentes de imigrantes japoneses que se estabeleceram na região em 1964. A colônia de Frei Rogério mantém práticas artísticas e culturais como forma de manter a identidade cultural do país de origem. Sensei Elzami Miwa Onaka é responsável pelo ensino do Kendo em Frei Rogério, onde realiza treinamentos e atividades regulares com alunos de diferentes regiões do Brasil. As imagens são de um gasshukus realizado com um mestre japonês em outubro de 2019.
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Cultura Japonesa no Contestado
Publicado em 22/10/2019 às 19:01 07Tue, 22 Oct 2019 19:01:01 +000001.A cultura japonesa é um dos elementos mais marcantes da importância dos imigrantes na formação do espaço rural do planalto catarinense. A colônia de Frei Rogério é muito ativa na realização de eventos comemorativos e na preservação da memória do país de origem.
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Construindo pontes entre a universidade e a comunidade
Publicado em 22/10/2019 às 16:29 04Tue, 22 Oct 2019 16:29:48 +000048.Este projeto é apoiado pelo edital Bolsa Cultura 2020.
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Cultura e Identidade no Sul do Brasil
Publicado em 22/10/2019 às 16:16 04Tue, 22 Oct 2019 16:16:51 +000051.Este projeto visa utilizar a arte e os meios de divulgação e comunicação para divulgar a cultura do território, valorizando as raízes e lembrando as identidades culturais do Planalto Serrano Catarinense no qual circulam muitas pessoas e onde a Universidade está inserida, visando assim a valorização das identidades regionais e o resgate histórico da identidade social da região, levando em consideração o passado para a compreensão do contexto atual, visando a construção de um futuro mais inclusivo e tolerante. Trata-se de uma pesquisa exploratória multimétodo, que será realizada através de pesquisa e documentação bibliográfica, entrevistas, fotos, vídeos sobre as identidades culturais da região dos Curitibanos e do Planalto catarinense.